domingo, 17 de janeiro de 2010

Existe centro histórico na Covilhã?

Em vez de se recriarem com os vazios urbanos, como as Goldras e tretas elevatórias, os amanuenses e arquitectos do regime, deviam cuidar mais de valorizar a ideia de reconstrução do centro histórico; i.e., em preservar um espaço significativo do património edificado covilhanense. Em ultima instancia, evitar algumas opções discutíveis na reconstrução, como foi o caso do cine centro, (actual assembleia municipal) dentro de uma redoma de pastiche.
O executivo do PSD tem revelado ao logo de 16 anos de desvario urbano, uma total incapacidade para compreender as vivências históricas deste espaço identitário e a sua visibilidade simbólica e conjugá-lo com perspectivas de modernidade e de futuro.
É por isso que, um passeio, ainda que fugaz, pelo casario devoluto, traz, mais uma vez à luz do dia, um centro histórico onde a vida e a memória há muito partiram; ali restam apenas pedaços de tempo fora de prazo com o futuro adiado, onde o descaso público conjugado com a deterioração natural permanecem incólumes. Restos de uma cidade ferida na alma, que agoniza na lentidão dos dias como fios dispersos que desenharam e coloriram o tempo e o espaço. Toda a malha urbana envolvente ao pelourinho continua transformada num sitio onde o indígena deve demorar-se o menos possível, pois o locus horribilis incomoda pela decadência em marcha lenta e a caminho do mais que provável cenário apocalíptico. Grande parte deste aglomerado de ruínas, o mais degradado na beira interior, vai continuar a padecer d’uma doença terminal com o agravo de ser gerido à deriva e de forma medíocre, através de empresas municipais inúteis. Já não se trata apenas de pobreza de espírito desta Administração, o abandono/desleixo do (CH),parece fazer parte d’um plano urdido de destruição maciça de quem se marimbou para a memória histórica dos covilhaneinses.
Já o tínhamos referido aqui várias vezes, a revitalização do (CH) tem de comportar uma certa dose de renúncia ao modo egotista de pensar a cidade e às costumeiras operações de cosmética com a colocação de placards em festim eleitoral. No ano em que se comemoram os 140 anos da elevação do Condomínio, a intervenção no (CH) da Covilhã está toda por fazer; carecendo, entre outras funcionalidades, da sua ocupação física e afectiva. À semelhança, de outras cidades de dimensão média, como as que temos aqui ao lado nos condominios de nuestros hermanos, onde os centros históricos foram vocacionados para um certo tipo de actividades lúdicas com moradores jovens, estudantes, adeptos de vidas alternativas com rendas acessíveis.

11 comentários:

Anónimo disse...

Ninguém te liga a comentar, mas vá lá pelo esforço:
AMEN!!!

Anónimo disse...

O centro histórico poderia ter sido recuperado há muito. Com muito dinheiro que veio de diversas fontes para o município.

Mas não foi preciso. E porquê?

Simples: porque os moradores desse local, são os patêgos (coitados! em todos os aspectos) que votam pinto, a troco de chás,almoços viagensecas e amendoins.

Por isso a cidade ficou irremediavelmente condenada. Ficámos sem identidade.

Anónimo disse...

enganei-me no post e coloquei o comentario noutro post. Aqui vai

(estudantes, adeptos de vidas alternativas)???

Cá para mim tu querias transformar o centro historico num grande INTENDENTE.
Vai-te encher de moscas óh carpinteiro...

Anónimo disse...

Acho que já vi estas fotos em algum lado

Anónimo disse...

...e depois?

Anónimo disse...

E depois?
Vira o disco e toca o mesmo.
Já não há assunto, toca a repetir as fotos.

Anónimo disse...

ó anonimo, se o assunto para ti está nas fotos repetidas e não naquilo que representam, porque perdes tempo com comentários idiotas? Se fosse a ti ia dar banho ó cão, fazias melhor serviço...

Anónimo disse...

O que é que o condominio tem a ver com propriedade privada?
As casas não são de privados?!
Façam eles as obras!

Anónimo disse...

O pinto não expropria tudo o que lhe apetece?
Essas casas não mereciam outra coisa senão isso, à imagem de outras cidades a sério tugas!
Mas não expropria só o que lhe convém!

Anónimo disse...

Não é verdadde que este seja o pior dos centros historicos da beira interior. Em Castelo Branco,Guarda e Fundão estão iguais e em alguns casos, piores. Haja alguma seriedade,senhores.

Anónimo disse...

Guarda, Fundão, Castelo Branco é tudo igual?
É então sina nossa ser governados por políticos que não sabem dar volta a isto. Que deixam apodrecer os centros históricos e ajudam a criar à sua volta uma selva de vias rápidas, viadutos, prédios e centros comerciais...
Pois, são os políticos em que votamos, são aqueles que merecemos.
E alegres! Que estes que temos tido é que nos salvarão. Então não salvarão?